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Redução da Jornada de Trabalho  


Por Jorge Nazareno

O movimento sindical está empenhado na luta para que o Congresso aprove a PEC 231/95, que reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais, porque essa é uma medida que vai trazer inúmeros benefícios para o conjunto da sociedade e porque a redução da jornada significa fazer Justiça para com os trabalhadores.

É também dividir os ganhos de produtividade obtidos pelas empresas, com inovações tecnológicas e gerenciais que também lhes proporcionaram aumento de lucro e competitividade.

Para se ter ideia, a variação da produtividade do trabalho na indústria da transformação entre os anos de 1988 e 2008 é de 84%, segundo o Dieese. Nada mais justo e coerente do que retribuir tal ganho com os trabalhadores, os verdadeiros responsáveis por esse resultado.

A medida pode gerar mais de 2 milhões de empregos, se vier junto com a redução do volume de hora extras. A mesma PEC muda o percentual pago pela hora extra, de 50% para 75% do valor da hora trabalhada.
Haverá ganho de qualidade de vida, no tempo para estar com a família, para estudar e na economia para a Previdência: jornada menor significa menos risco de lesões por esforços repetitivos, por exemplo.

Muitos não enxergam tantos benefícios ou querem mascará-los dizendo que a redução da jornada vai encarecer a mão de obra, provocar fuga de empresas, afetar a competitividade etc. Mas essas desculpas caem por terra diante do fato de que a mão de obra brasileira custa apenas US$ 5,96 por hora, enquanto nos Estados Unidos esse valor é de US$ 24,59 e no Japão, US$ 19,75. Para o Dieese, as 40 horas semanais aumentariam o custo das empresas em apenas 1,99%, um valor facilmente absorvível frente a elevação da produtividade obtida nos 20 anos.

Fonte: Visão Oeste

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